Por muito tempo achei que a ausência é falta,
E lastimava, ignorante, a falta, hoje não a lastimo
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a branca, tão pegada aconchegada nos meus braços,
Que rio e danço e invento exclamações alegres
porque a ausência, essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.
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