Cheiras a cajú da minha infância,
e tens a cor do barro vermelho molhado,
de antigamente;
Há sabor a manga a escorrer-te na boca,
E dureza do maboque a saltar nos seios,
Misturo-te com terra vermelha,
E com as noites de histórias antigas,
Ouvidas há muito;
No teu corpo,
sons antigos dos batuques há minha porta,
Com que me provocas,
Enchem-me o cérebro de fogo intenso.
Amor, és o sonho feito carne
Do meu bairro antigo do musseque.!
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