domingo, 14 de junho de 2015
sábado, 13 de junho de 2015
A DEMORA
O amor nos condena
demoras
mesmo quando chego tarde.
Porque não é no tempo que eu te espero.
Espero-te antes de haver vida,
e és tu quem faz nascer os dias.
Quando chegas
já não sou senão saudade
e as flores
tombam-me nos braços
para dar cor ao chão em que te ergues.
Perdido o lugar
em que te aguardo,
só me resta água no lábio
para aplacar a tua sede.
Envelhecida a palavra,
tomo a tua por minha boca
e a noite, já sem voz
se vai despedindo de ti.
O teu vestido tomba
e é uma nuvem.
O teu corpo se deita no meu,
um rio se vai aguardando até ser mar.
" MIA COUTO "
demoras
mesmo quando chego tarde.
Porque não é no tempo que eu te espero.
Espero-te antes de haver vida,
e és tu quem faz nascer os dias.
Quando chegas
já não sou senão saudade
e as flores
tombam-me nos braços
para dar cor ao chão em que te ergues.
Perdido o lugar
em que te aguardo,
só me resta água no lábio
para aplacar a tua sede.
Envelhecida a palavra,
tomo a tua por minha boca
e a noite, já sem voz
se vai despedindo de ti.
O teu vestido tomba
e é uma nuvem.
O teu corpo se deita no meu,
um rio se vai aguardando até ser mar.
" MIA COUTO "
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