Preciso ser um outro,
para ser eu mesmo,
Sou grão de rocha,
Sou o vento que a desgasta,
Sou o polén sem inseto,
Sou areia sustentando,
o sexo das árvores,
Existo aonde me desconheço,
aguardando pelo meu passado
ansiando a esperança do futuro,
No mundo que combato e morro,
no mundo por que luto nasço.
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