Não é vida nem morte, é uma passagem,
nem antes nem depois: somente agora,
um minuto nos tantos de uma hora.
Uma pausa. Um intervalo. Uma viagem.
Prisioneira de mim, onde a coragem
de quebrar as algemas, ir-se embora,
se tudo o que em mim ria agora chora,
se já não me seduz outra viagem?
E nada disto é céu nem é inferno.
Tristeza, só tristeza. Sol de Inverno,
sem uma flor a abrir na minha mão,
sem um búzio a cantar ao meu ouvido.
Só tristeza, um silêncio desmedido
e um pássaro a morrer: meu coração.
Fernanda de Castro
Um magnífico soneto.
ResponderEliminarGostei da tua escolha.
Célia, tem uma boa semana.
Beijos.
Também gostei do poema... Não conhecia a poetisa... Mas gostei da maneira como escreve... Na realidade isto é uma passagem e bem curta, o bom é que não se pensa;
ResponderEliminarGostei das tua visita; e um bom resto de fim de semana; Bjs.