quarta-feira, 17 de outubro de 2012

3 comentários:

  1. Hoje o dia está calmo e sereno,
    Não há vento não há chuva,
    Mas a cor é cinzento,
    Estamos no outono...!
    O tempo é assim...
    As árvores estão nuas o cair da folha
    São da cor de carmim...
    È a cor do outono
    Se repete constantemente,
    Só a mocidade é uma vez;
    Eternamente...!

    P. R.

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  2. Não tenhas pressa,
    De o tempo passar,
    Deixa-o passar devagarinho
    Para o poder saborear
    ele passa tão depressa,
    Depressa demais talvez,
    Quando damos por ele
    Já passou de vez.

    S.Roque

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  3. Um conto Africano, do Livro de "Mia Couto" A confissão da leoa"

    Antigamente,não havia senão noite. E Deus pastoreava as estrelas no céu. Quando lhes dava mais alimento elas engordavam e a sua pança abarrotava de luz. Nesse tempo, todas as estrelas comiam, todas luziam de igual alegria. Os dias ainda não haviam nascido e, por isso, o Tempo caminhava com uma perna só.E tudo era tão lento no infinito firmamento!Até que, no rebanho do pastor, nasceu uma estrela com ganância de ser maior que todas as outras.Essa estrela chamava-se Sol e cedo se apropriou dos pastos celestiais,expulsando para longe as outras estrelas que começaram a definhar.Pela primeira vez houve estrelas que penaram e,magrinhas,foram engolidas pelo escuro.Mais e mais o Sol ostentava grandeza,vaidoso dos seus domínios e do seu nome tão masculino.Ele,então,se intitulou patrão de todos os astros,assumindo arrogância de centro do Universo.Não tardou a proclamar que ele é que tinha criado Deus, O que sucedeu,na verdade,é que,com o Sol,assim soberano e imenso,tinha nascido o Dia.A Noite só se atrevia a aproximar-se quando o Sol,já cansado,se ia deitar.Com o Dia,os homens esqueceram-se dos tempos infinitos em que todas as estrelas brilhavam de igual felicidade.E esqueceram a lição da Noite que sempre tinha sido rainha semnunca ter que reinar.

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