terça-feira, 13 de maio de 2014

==== Uma Noite Em Lisboa ====

Um dia de verão, ao descer da noite,
As janelas se iluminavam...
Mais parecia estrelas no céu,
Na rua não se via ninguém,
Noite fechada...
Havia mistério, por entre a bruma,
Dos vapores do Tejo...
Ao longe os montes eram azuis,
Que se diluíam...
Ao crepúsculo, como aguarelas japonesas,
Devagar... como vapores adormecidos,
Relentos, de uma cama do andar de cima,
era a vizinha de pernas compridas...
Com a pele sedosa e mate,
iluminadas e intimas...
Das noitadas em surdina.
Ligeiras, ansiosas, acordavam...
das noitadas amorosas...
E já pelas ruas, 8 da manhã,
Havia movimento, num sussurrar...
Com gente a cheirar a sabão e a sono !

   


5 comentários:

  1. O teu poema é magnífico.
    O final é de mestre (gente a cheirar a sabão e a sono).
    Tem um bom resto de semana, querida amiga Célia.
    Beijo.

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  2. Olá Nilson .
    Segui o teu conselho... Parece que não vou muito mal !
    É uma aprendizagem, embora nem sempre o estado de espírito esteja por aí !

    Beijo amigo e um bom fim de semana
    Célia Sousa

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  3. Pois é!
    Quantas vezes estamos nós a cheirar
    "sabão e sono".
    É a vida...., sempre pronta pra render poesia...
    Eu gosto disso

    abração

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  4. Assim é Lola,
    a vida tem destas coisas, onde quer que queira-mos há poesia, é preciso ter o tal
    espirito...

    Bjs amiga; Célia..

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  5. Célia, a poesia, seja ler ou fazer, precisa mesmo de aprendizagem.
    Isto é, quantos mais poemas escreveres, melhor vão saindo.
    Mas claro que a disposição e a inspiração têm muita influência.
    Continua que vais bem. Vai suando, porque as palavras às vezes são danadas e não aparecem... eheheh...
    Tem um bom fim de semana, querida amiga Célia.
    Beijo.

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