sexta-feira, 23 de agosto de 2013

GAVETAS DA MINHA MEMÒRIA*****

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Abro as gavetas da minha memória, retiro papeis velhos amarelecidos, revejo livros ressequidos e debotados pelo tempo, corroídos na voragem dos dias, amontoados em anos de emoções,
de muitas ilusões, outras  desilusões, formando uma manta de retalhos de sentimentos,  que agora,
são relembrados  neste abrir de gavetas,
pelos sóis que não abriram, ou pelos luares que escureceram, ou talvez pelas ondas que deixaram
de me murmurar, palavras de paixão, nas areias da minha solidão, naquela praia imensa de um mar
infinito, que me fazia navegar em pensamentos,  sob um azul cintilante de imaginadas quimeras;
Mas o tempo, cruel, foi apagando essas lembranças e agora, aqui, com a saudade na alma,
embrenhado nestes papeis velhos, esbatidos e amarrotados, vivo os instantes que o universo me
concede, na esperança que os sóis voltem a brilhar e os luares me enfeiticem,
no prateado da sua luz mística.

 " José Carlos Moutinho "
 

2 comentários:

  1. Também tenho destas gavetas.
    Também anseio por estas memórias...

    Que bom me encontrar na tua publicação.
    Abraço e o desejo de um ótimo domingo.
    (aqui domingo de chuva).

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  2. --Olá Lola...Gostei da visita!
    Quem não tem dessas gavetas ?...
    que ao longo da vida se vão enchendo...e ainda bem, sinal da experiência que nos dá a vida!

    ( temos sol graças a Deus )

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