terça-feira, 14 de janeiro de 2014

****** Poêma da Despedida ******

^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^

Não saberei nunca**
dizer adeus,

Afinal,
só os mortos sabem morrer:

Resta ainda tudo,
só nós não pudemos ser.

Talvez o amor,
neste tempo,
seja ainda cedo.

Não é este sossego,
que eu queria;
este exílio de tudo,
esta solidão de todos.

Agora,
não resta de mim,
o que seja meu,
e quanto tento,
o magro invento de um sonho,
Todo o inferno me vem á boca.

Nenhuma palavra,
alcança o mundo, eu sei,
Ainda assim escrevo.

              MIA   COUTO

3 comentários:

  1. Quizás la próxima vez todo sea diferente.

    un abrazo

    fus

    ResponderEliminar
  2. ... Talvez...!
    O poema não é meu Fus... é de Mia Couto,
    Abrazo

    Célia

    ResponderEliminar
  3. Célia, fizeste uma excelente escolha poétiga.
    É um grande poema de um grande poeta.
    Beijo, minha querida amiga.

    ResponderEliminar