quarta-feira, 20 de novembro de 2013

******* HORAS RUBRAS *******

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Horas profundas, lentas e caladas,
Feitas de beijos sensuais e ardentes,
De noites de volúpia, noites quentes
Onde há risos de virgens desmaiadas...

Oiço as olaias rindo desgrenhadas...
Tombam astros em fogo, astros dementes,
E do luar os beijos languescentes
São pedaços de prata pelas estradas...

Os meus lábios são brancos como lagos...
Os meus braços são leves como afagos,
Vestiu-os o luar de sedas puras...

Sou chama e neve branca e misteriosa...
E sou, talvez, na noite voluptuosa,
Ó meu poeta, o beijo que procuras!

        FLORBELA   ESPANCA

5 comentários:

  1. Uma excelente escolha poética.
    Gostei.
    Célia, tem um bom resto de semana.
    Um beijo, minha querida amiga.

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  2. Gostei do teu comentário´... A nossa romântica F. Espanca...!
    Que tenhas um bom domingo, embora o tempo não ajude...frio!
    beijo Nilson.

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  3. A Florbela, na verdade, até era uma ultra-romântica. Mas há quem defenda que o amor dela era por outra mulher... Seria? Eu não sei, mas em qualquer caso esse amor era perfeitamente legítimo.
    Célia, minha querida amiga, tem um bom resto de semana.
    Beijo.

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  4. Célia, voltei para ver as novidades...
    Um beijo.

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  5. Olá Nilson, simpático da tua parte, mas só hoje escrevi alguma coisa de Pessoa pois tenho andado um pouco enferma, e quando assim... não há clima...

    Que tenhas um bom fim de semana.
    Um beso meu amigo.

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