Vem sentar-te ,
Aqui na chaíse-longue, ao pé de mim...
Tenho o desejo doido de contar-te
Estas saudades que não tinham fim.
Não vás para tão longe !
Quero ver
Se ainda sabes olhar-me como d`antes,
E se nas tuas mãos acariciantes,
Inda existe o perfume de que eu gosto.
Não vás para tão longe !
Tenho medo,
Era sempre demais o curto espaço,
Que havia entre nós dois ...
Agora , um embaraço,
Hesitas e depois,
Com um gesto de tédio de cansaço
Achas inconveniente,
O meu abraço.
Não vás para tão longe !
Fica. Inda é tão cedo !
O vento continua a fustigar
Os ramos sofredores do arvoredo,
E eu ponho-me a pensar
E tenho medo !
Não vás para tão longe !
Na sombra impenetrada,
Como se agita e se debate o vento !...
Paira nas ruínas velhas do convento.
Que além se avista,
A alma melancólica d`um monge
Que a vida arremessou àquela crista,
Céu apagado, negro, pessimista,
E tu sempre mais longe !...
"
Fernanda de Castro "
Um poema interessante.
ResponderEliminarAs pessoas, com a idade, tendem a ser cada vez menos carinhosas.
Um beijo (carinhoso), querida amiga Célia.
Todos nós guardamos na lembrança
ResponderEliminarum momento bom com um amigo.
Na memória as lembranças daqueles
que souberam nos conquistar.
Não se trocam as amizades, conservam-se os amigos
para compartilhar as alegrias e possível tristezas .
Meu carinho e agradecimento .
uma abençoada semana beijos no coração.
Carinhosamente..Evanir..
Lindo poema amiga querida!